Essas coisas, logo aí embaixo... Palavras ditadas por um Ghost Writer.

28 de dez. de 2010

2010 Rocks!



Muito rock. Essa é a definição de 2010 pra gente que, de alguma forma, está envolvida com a On The Rocks e que queremos dividir com todos vocês. Ano que começou com os Big Muff's estridentes da Telecines num Jack Rabbit de JANELAS abertas para Cachoeirinha e o MONDO, e fechou o ciclo num festerê-quase-carnaval da Apanhador num Jack Rabbit quase na fronteira Little Fall/Capital da Província. E também teve Frida, Superguidis, Pata de Elefante - que em momento inédito teve músicas “cantadas”, hehehe! -, Os Vespas, Lautmusik, Loomer, Catavento de Bolso e Badhoneys. A lista é grande, a canseira e a satisfação, ao final de cada edição, maior ainda.

Em 2010 Cachoeirinha (consequentemente Gravataí?!) e a região voltaram a ser mais rock. É só ver os cartazes colados pelas ruas, a gurizada nas noites do final de semana indo de lá pra cá nos shows que já não são mais escassos. Até banda BAIANA esteve agora há pouco, visitando nosso Segundo Lar (vulgo Jack Rabbit)! Seja reclamando, assistindo, tomando ceva, tocando ou pagando a conta, uma cena rockeira (res)surgiu num lugar onde já marcaram época saudosos Carioca's, Full Rock's, Jockey's, Bar Brasis ou a esquina da casa liberada com violão e trago de alguém...

A On The Rocks – sem NENHUMA modéstia – sente-se parte de tudo isso que acontece. Das festas que organizamos ou não, das que presenciamos ou não. Porque pode parecer piegas às ganhas (e é!), mas levamos esse tal de roquenrou como uma paixão, acima de tudo. E quando a gente percebe que, durante o ano que está acabando, uma galera passou a (re)aparecer em shows, lotar festas e curtir junto, cremos que as ações que levaram a isso não foram isoladas, e sim o conjunto de várias iniciativas legais.

Sem mais delongas e chororôs: VALEU e parabéns a todos os envolvidos com esse tal de roquenrou em Cachoeirinha, Gravataí e no universo em geral. Mas, em especial, um obrigado a quem deu atenção e prestigiou alguma das edições da On The Rocks. Pra quem entende que não importa de onde se vem, mas sim a cuca aberta e a vontade levar adiante, com originalidade e idéias, esse som que muda o mundo há uns 60 anos.

Se o ano que agora está prestes a se tornar um zumbi foi MASSA, preparem-se para 2011. Vem aí mais bandas, mais barulho, mais discotecagem-caça-tesouro. Enfim, mais ON THE ROCKS. (Escriba em prantos, hahaha!)


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26 de out. de 2010

On The Rooooocks!!!



(Pra vocês não esquecerem da festa e eu não esquecer do blog, uma postagem!)
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3 de jul. de 2010

Songs for the Deaf

Lançado em 2002 pela banda estadunidense – americanos somos todos, latinos ou anglo-saxões – Queens of the Stone Age, “Songs for the Deaf” mistura melodias intrincadas, compassos aparentemente descompassados e, acreditem, variações rítmicas bastante distintas para uma banda dita ‘pesada’, como valsas e ritmos mexicanos.

O disco do guitarrista Josh Homme (único membro fixo do QotSA) conta com muitas participações especiais. A principal delas, de Dave Grohl, baterista que alcançou o estrelato como integrante do Nirvana e consolidou-se como músico (ou nem tanto, comum acordo entre perfilado e escriba acerca do comentário) ao criar o Foo Fighters e participar de inúmeros outros projetos.

Canções para a surdez. A frase – tradução tosca do escriba aproveitador da liberdade poética – de interpretações dúbias, que não afirma nada categoricamente, é uma síntese certeira de Guilherme (e um tanto nebulosa, assim como ele).

O garoto gravataiense, filho de um porto-alegrense e uma moça vinda de Bagé, freqüenta este mundo de ‘sons mil’ há 20 anos. Ainda criança notou que algo de estranho ocorria em um de seus sentidos – a rubéola que a mãe teve durante a gravidez deixou uma ‘lembrança’. Ele buscou o veredicto materno. “Ela disse: vou falar no teu ouvido uma frase, se tu não entender, é porque não ouve.” A frase era “Quer ganhar um picolé?”. Guilherme não ganhou.

De nada adianta o ouvido esquerdo, fato que o faz se colocar sempre à esquerda das pessoas com quem conversa. Mas dizer ‘nada’ é exagero. Numa cidade onde os cidadãos reclamam da péssima relação custo-benefício do transporte coletivo, ele não sabe o que é pagar passagem de ônibus – exceto em linhas semi-executivas, nas quais transita raramente.

Taxativo, afirma: “Nas vezes em que preciso pagar para andar de ônibus pode saber, algo de errado ou estranho acontece.” (Frase confirmada pelo escriba, que acompanhou Guilherme em sua última viagem paga e, de forma incomum, esqueceu mochila com roupa, carteira, pen drives, caderneta, caneta e afins no interior do coletivo enquanto desembarcava na capital fazendo piadas sobre o amigo semi-surdo.)

Mas se engana quem pensa que a particularidade de Guilherme o atrapalhe no dia-a-dia, ou o destaque como luzes de Natal. Nos tempos de infância, algumas vezes, graças a professores que fazem questão de anunciar aos quatro cantos da sala de aula – ok, por boas intenções – coisas como “temos um coleguinha especial, vamos dar atenção a ele”. Crianças geralmente são mais cruéis com ‘pessoas especiais’, mesmo que involuntariamente, do que tolerantes.

Apesar disso, essa não é a razão pela qual ele ainda não completou o Ensino Médio, ‘trancado’ em 2009 e no qual repetiu de ano “três ou quatro vezes”. Para a amiga Bruna Junges, o fato comprova “a ineficiência do nosso ensino, que é incapaz de cativar seus alunos”. Mas o convívio social na Escola Tuiutí lhe rendeu outros dividendos. “Foi mais proveitoso fora da sala [de aula], bebi, conheci outras substâncias, muitas pessoas. Aprendi coisas novas.”

Uma colega foi preponderante na mudança do rapaz, antes um protótipo padrão de ‘metaleiro’. Camila foi sua namorada por cerca de um ano e lhe apresentou a arte e a música, como MPB e o rock dito ‘clássico’, de forma ampla – apesar dela mesma parecer uma metaleira-cuca-fechada.

Aí o (único) ouvido do Guilherme – que já recebia elogios por seus dotes no violão – se abriu para novidades. Hoje ele tem mais de 250 Gigabytes das mais variadas discografias. Queens of the Stone Age, Gnarls Barkley, Radiohead e Portishead dividem espaço com Novos Baianos, Lobão, Jorge Ben e Chico Buarque – talvez este último o ídolo máximo, uma briga ‘acorde a acorde’ com John Frusciante que, quase ninguém sabe, já teve menos de 20% de sangue no corpo na época subsequente a sua (primeira) saída do Red Hot Chilli Peppers, quando se afundava no vício em heroína.

Evasão escolar e Gigabytes de música têm uma ligação inusitada: trabalho. Guilherme deixou a escola em 2009 por não conciliar os horários de estudo com o emprego na Top Service, que presta serviços terceirizados a outras empresas, como a Dana, onde ele atua diariamente na estação de tratamento de efluentes – o que rende piadas exageradas sobre lixo tóxico aos amigos.

E os sons da surdez? Como guitarrista, há mais de cinco anos Guilherme tenta montar bandas. Todas acabaram, exceto a última. Junto a um talentoso guitarrista canhoto de referências tão ou mais amplas, criou um ‘embrião musical’ intitulado Beggar Twins, disposto a dar vazão a sons influenciados tanto pelas guitarras desconcertantes do já referido QotSA como ao mais denso trip-hop. No final de 2009 outro garoto sem garota se uniu à dupla, trazendo uma bateria, expansão e indefinição sobre o nome do grupo até hoje.

“O grande problema dele é gostar demais das referências. Isso atrapalha um pouco os ensaios. O Guilherme por vezes esquece o trabalho de criação, propriamente”, afirma o amigo canhoto, aluno de uma universidade do Vale dos Sinos e estagiário nas horas vagas. Guilherme é possessivo quanto aos colegas de banda e tem certo ciúme de seus projetos paralelos na área musical – como os shows de bandas independentes que o amigo organiza, motivo de tiradas irônicas do perfilado.

A banda sem nome é o grande projeto do momento. A partir do segundo semestre, Guilherme e os dois amigos e colegas de 'trabalho' pretendem se mudar – só de mala – para Porto Alegre. A Gravataí da infância não tem espaço (ou público suficiente) para a proposta musical do garoto que anda por aí com seu par de fones de ouvido, mesmo que escute somente um deles.

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OBS.: Esse perfil foi a última tarefa da disciplina de Redação Experimental em Revista, que eu cursei nesse semestre lá naquela Grande Instituição de Ensino 'Superior' do Vale dos Sinos. E uma homenagem a um amigo e 4º ou 5º guitarrista destro da minha predileção, hahaha - porque canhotos não entram em listas!
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14 de jun. de 2010

Foi foda, só pra variar (On The Rocks #3).


Sem palavras, pelo menos por enquanto. No entanto, fotos temos muitas. Aqui, ó, no Flickr da #onthe_rocks: http://bit.ly/d26NHn

13 de jun. de 2010

Mark Lanegan no Brasil...

... e eu perderei SOLENEMENTE! Justamente o cara que eu mais escuto nos últimos dois (quase três?!) anos. Olhaê que cartaz bonito:


(Aceito incetivos, doações e afins. Apesar da pouca grana/tempo, ainda quero ir.)
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4 de jun. de 2010

Amanhã, gurizada!


Sem mais.
That's all folks!
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13 de mai. de 2010

Quem foi, foi. Quem não foi...




... PERDEU, truta! Mais fotos no Flickr da On The Rocks.

E junho ainda está por vir, uáhahahaha!!

(Provavelmente eu não escreva sobre essa segunda edição. Já estou bem contente com o resultado que consegui através de algumas fotos mezzo-toscas, hehehe!)
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23 de abr. de 2010

Orkut tirando sarro da minha cara

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9 de abr. de 2010

Ainda dá pra acreditar nesse tal de Roquenrou – On the Rocks #1



Lotação máxima. “Ninguém entra enquanto alguém não sair.” Garrafas (todas!) vazias bem antes do esperado. Gente louca cantando em uníssono.

Não, isso não foi mais uma festa “descolada” com DJs modernos na Capital da Província. Pasmem, mas esse foi o cenário de um SHOW com bandas de rock da região de Porto Alegre – o que, infelizmente, parece pouco comum ultimamente.

Talvez mais incomum ainda tenha sido a cidade que abrigou esse evento regozijante para os apreciadores de som alto AO VIVO. Cachoeirinha – aqui do lado de Porto Alegre. Hein? Como assim?!

Pois então. Essas são algumas considerações sobre a primeira edição da festa On the Rocks, que aconteceu no último sábado e teve as apresentações das bandas Frida (ex Frida Kahlo, da cidade) e Telecines (de Porto Alegre).

A iniciativa da festa veio para dar espaço (cada vez mais raro, aparentemente) às bandas que têm trabalhado (ficar em casa esperando “ser descoberto” não vale!) para divulgar seu som e reforçar o circuito rock da Grande Porto Alegre, que, mesmo ao lado Capital, tem uma lógica completamente diferente de público e espaços de divulgação. E, óbvio, dar rock a quem quer rock!

O bar Jack Rabbit abriu as portas por volta das 23 horas e, pouco depois da meia-noite, já estava abarrotado de gente. Com isso, o pessoal da Telecines tomou o palco para mostrar suas músicas recheadas de Big Muffs e influências “noventistas”.

Foi a último show da turnê de estréia (f#da-se o Acordo Ortográfico!) da banda, que desde fevereiro passou por Novo Hamburgo, Santa Maria (na última edição do Grito Rock), Carlos Barbosa e, claro, sua cidade natal. E o público se mostrou receptivo. Após as primeiras músicas alguns pulavam e dançavam (que já conhecia alguma das músicas disponibilizadas no Myspace da banda até arriscou cantarolar alguns refrões).

Menos de uma hora depois, a Frida iniciou uma apresentação que já começou com platéia ganha. Dona da casa, e há algum tempo sem aparecer ao vivo, foi recebida com entusiasmo pelo público, que cantou junto as letras do Sandro – vocalista e guitarrista do quarteto.

Pouco antes disso já havia fila na porta do bar. Gente querendo entrar, mas sem lugar pra ocupar. Dentro do pub, em torno de 200 pessoas cultuando esse tal Roquenrou de uma forma louca como não ocorria, dizem, desde os lendários shows de TNT e Cascavelettes na cidade, ainda na década de 80 (!).

A Frida fechou seu set com o “meio-blues” Professora Inês, cantado pela platéia que subiu no tablado e tomou os microfones – tem vídeo no Youtube pra conferir essa doidera.

O público também deu show. Lotou o bar, deu atenção às duas bandas e mostrou que, com organização e bandas legais, dá pra fazer uma festa rock que contemple tanto quem assiste como quem toca e produz.

Festeiros “profissionais”, gente que há muito não ia a shows e a gurizada “verde” fizeram da noite do último dia 6 uma data pra ser lembrada.

Como disse o Sandro, no #twitter (@pensandro), "ninguém era público, ninguém era artista. Todo mundo era tudo, todo mundo era um!".


E isso foi só o começo. Que venham mais edições da On the Rocks e iniciativas como essa por todas as plagas. Amém.
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6 de abr. de 2010

Aloha, 2010!

Meses - quase meio ano, Thiago!! - sem postar nada nessa joça! Mas agora tudo vai melhorar, daqui pra frente meu comportamento vai mudar (rima intencional)... Não espero que alguém (algum dos 5 leitores(as) deste moribundo blog) acredite nisso. Afinal, nem eu sei se acredito, hehehe! Se não é uma promessa, pelo menos é uma meta, postar pelo menos 3 (três!) coisas por mês.

Nesse tempo sem atualizar o CE algumas coisas aconteceram na vida deste escriba (não muitas, mas signficativas, creio):

Provavelmente meu QI diminuiu devido à falta de uso e exercício nos últimos 9 ou 10 meses;

Fui ver o Sonic Youth e o Stooges (isso eu avisei aqui?) e comecei a escrever sobre...

Virei um "produtor cultural" (vulgo rockeiro-vagabundo-organizador-de-shows-que-rendem-pouco-mas-divertem-infinitamente) e organizo, ao lado do grande (mas não muito alto, hehehe!) amigo Taiguara, a "@onthe_rocks" - festa que veio pra ser um reduto do rock AO VIVO na Região Metropolitana de Porto Alegre, em contraponto às crescentes festas de discotecagem na Capital;

E, contraditoriamente, passo a gostar cada vez MENOS dos passeios noturnos (e os malditos rituais juvenis de sociabilidade);

Não tenho mais estágio - PROCURO emprego/estágio/trabalho-escravo! (Em Comunicação ou não, fazeroquê?!);

Estou tocando, junto a uns colegas da #Unisinos, um projeto de Rádio megalomaníaco: traçar um panorama do rock independente em Porto Alegre e região...


... E provavelmente alguma outra coisa engraçada/interessante (ou nem tanto) que certamente devo ter esquecido. Ahhh! Fiz um Flickr, procura por "thiagoks" por lá.

Pra "comemorar" a volta, vou postar a resenha que fiz da primeira edição da On the Rocks, que teve como atrações as bandas Frida (preferia quando o nome era Frida Kahlo, mas tudo bem...) e TeleCines. Dêem uma olhada e comentem, por favor.
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