Essas coisas, logo aí embaixo... Palavras ditadas por um Ghost Writer.

14 de ago. de 2007

Noites "Porto-alegrinas", conto 1... Ou "eu vou ver/ouvir Walverdes hoje, nem que seja a tapa"!!! [parte 2 - Final]

Depois disso todas as lembranças são escassas... Afinal de contas isso ocorreu há MESES [dado à minha enrolação característica, fui "empurrando com a barriga" este relato]. Mais exatamente em 26 de abril... Pra terem uma idéia, estou escrevendo esse trecho em 18 de JULHO!!!

Bom, fora as bandas, lembro de ter sido cumprimentado pela Francis K, da DAMN LASER VAMPIRES [banda responsável pelo MELHOR show de rock que esta província já viu]! Ronaldo Selistre, vocalista e guitarrista da DLVampires, também estava lá prestigiando o evento.
[Obviamente eu fui meio "monossilábico" com a Francis, pois o vinho já dominava a minha cabeça, e eu não queria falar nada idiota. Por isso mesmo não fui até o Ronaldo cumprimentá-lo. Afinal, "o risco de falar besteiras aumenta proporcionalmente ao aumento do número de pessoas com quem você conversa"!! Essa minha última expressão entre aspas devia ser alardeada entre os bebuns mundiais, eu acho!]

Agora vamos ao que interessa, os "conjuntos musicais":

SPACE RAVE: Eu estava curioso pacas pra ver o show deles. Tudo isso por que os "líderes" [eu acho] da banda são Edu Norman e Mari Kircher [esse último nome eu não sei se escrevi certo, paciência.]. Eles também tocam na Planondas [que eu nunca ouvi ou vi, mas da qual recebo sempre bons comentários] e na Dirty [banda da qual eu sou fã, que tem boa influência de Sonic Youth]. E é por gostar bastante da última banda citada e pelos comentários elogiosos à própria Space Rave que o interesse aumentou.

Mas, sendo SINCERO, eu lembro de pouca coisa do show deles em si. Inesquecível não é um adjetivo que eu possa usar para descrever o momento [o que não quer dizer que não tenha sido bom!!]. Na verdade, o que me chamou a atenção foi ver quem tocava bateria na nova formação [ao que me consta, a banda troca de formação freqüentemente]. O cara é o [baita!!] baterista da WALVERDES, banda que considero uma das melhores do nosso belo país chamado "Brazil"!! E o cara tem uma mão pesada nos Walverdes... Já na Space Rave ele alivia um pouco o peso nas batidas, mas sempre com qualidade...

A "BANDA COVER DA QUAL NÃO LEMBRO O NOME": Pô, os caras eram muito bons!! Sei que o baixista toca na Irmãos Rocha!, baita banda de "PUNK ROCK ROOTS" -- sabe como é, numa época em que uma PORCARIA como o CPM 22 é considerada "punk-rock", a gente precisa deixar as coisas BEEEEM delineadas. O tal punk rock roots nada mais é do que o velho e bom punk rock tradicional, tosco, agressivo... DELÍCIA. O resto dos caras eu não conhecia.
Versões BEM pesadas tanto pra músicas já pesadas, normalmente, quanto para outras nem tão barulhentas originalmente [MUITO bom...]!!

O que importa: Eles tocaram uma versão MUITO FODONA de "Eletric Funeral", do Black Sabbath [se você não conhece Black Sabbath, não perca tempo: ENFORQUE-SE... Ou redima-se deste pecado busquando as músicas dos caras por aí!!], além de algumas do QUEENS OF THE STONE AGE [eu nem vou entrar nas especificações sobre essa banda, vocês já devem estar de saco cheio de me ouvir falar – BEM -- deles...]. A banda era muito boa, só que, como fã de QotSA, notei a falta de uma segunda guitarra pra tocar músicas como "Go with the Flow". Mas, apesar disso, todas as versões dos caras foram muito boas.

Um detalhe "pitoresco" na apresentação deles: A correia [aquela tira que segura o instrumento junto ao corpo de quem toca] da guitarra, do guitarrista [é óbvio que a guitarra é do guitarrista... Esse trecho ficou mal-escrito, mas não consegui pensar em nada melhor.], se desprendeu do instrumento. O cara teve que segurar a guitarra na perna durante um tempo, pra não deixá-la cair... Adivinha quem foi ajudar o cara [a "rearranjar" a correia]??! Sim, esta pessoa que vos escreve!! Apesar de ser um ajudante um tanto desajeitado, eu consegui solucionar o problema, para o bem dos meus ouvidos, da guitarra [que "tava" pedindo pra cair no chão], e do rock...

Fora isso, minhas lembranças são fraquíssimas... Lembro de quê, na discussão – entre eles – pra decidir qual seria a última música que tocariam, o baixista sugerir QotSA... OBVIAMENTE eu concordei e reforcei o pedido... Quando o baixista foi ver quem estava pedindo a música, me viu com minha "camisetinha" vermelha de [adivinhem qual banda!!]... Ele teve que dar uma risada. É a última coisa que eu lembro da apresentação dos caras.

WALVERDES [afinal, foi por causa da minha vontade de vê-los – e ouví-los, principalmente – que eu fui até lá!!]: SINCERAMENTE, eu não lembro de quase nada, mas vou tentar [eu disse TENTAR, caramba!!] "me puxar".

Eles não tocaram muitas músicas do último CD, Playback [eu trabalho desde o ano passado numa resenha, sobre esse disco, que ainda não chegou na metade...]. Logo, eu não conhecia boa parte das músicas tocadas. Isso nem importa tanto, afinal, elas eram boas e eu agitei [tá bom, nem tanto assim, hehe...].

Um fato "engraçado" que ocorreu durante a apresentação deles foi a "aparição de Carlinhos Carneiro, vocalista da Bidê Ou Balde [banda que não me "emociona" muito, mas que não é de todo mal...]. O cara parecia bem louco [provavelmente sob efeito de "aditivos", mas não posso confirmar, é só um palpite!!]...

Além de ter me falado alguma coisa – com certeza ele se dirigiu a mim por que eu era, acho, o único que se "movimentava" [dançava??! Não, acho que não é um bom termo, hehe...] ao som da banda – e [TENTAR] agitar as pessoas ao seu redor, o cara carregou o Mini [vocal e guitarra da Walverdes] nas costas.

Como o pai que leva seu pequeno filho nas costas, andando num parque em pleno domingo ensolarado, à tarde. Só que haviam umas PEQUENINAS diferenças: na cena que eu vi, havia um pai [PROVAVELMENTE!] "aditivado", com uma cara ensandecida, descabelado e a barba por fazer. Viajando em loucuras, por certo. E o "filhinho" tinha uma Fender em mãos, emanando um som incrementado pelo "Fuzz ensurdecedor" e pela distorção, que é uma dádiva de DEUS dada aos que sabem usá-la com sabedoria...

Apesar disso tudo, as pessoas ao redor da banda, dentro do bar, pareciam cansadas... Moribundos a caminho da Morte, com certeza eram o que pareciam os espectadores naquele show...

Depois disso [deve ser a SÉTIMA vez que eu retomo esse texto tentando terminá-lo!! A data: 9 de agosto...], minha memória não ajuda muito. Mas com certeza nada de extremamente importante aconteceu entre o fim do show da Walverdes e minha saída do bar.
Por fim, quando saí do Jekyll, não encontrei meu "amigo" flanelinha [eu sou tão desmemoriado e "anti-emocional que não sei nem mesmo o nome do cara!!], com quem travei conhecimento naquela noite. Sendo assim, não pude pegar o táxi que ele se prontificou a me indicar quando terminasse minha "noitada".

Peguei outro táxi e, pra isso, marchei com 8 ou 9 pilas pra andar 5 MINUTOS dentro do táxi!! Tudo isso por causa do medo adquirido – ou insegurança, nos últimos anos, de andar pelas ruas à noite.

A grande responsável por isso é minha mãe, com toda a certeza [a violência, por si só, nunca me apavorou muito desde que comecei a dar meus "passeios noturnos". Mas claro que sempre me mantive alerta aos movimentos noturnos ao meu redor!] O fato é que ela tanto me "avisou" e me "previniu" dos perigos que se corre nas ruas à noite, que eu não sinto mais tanto prazer ao andar por aí, vendo as estrelas e tal...

MAS, voltando ao relato daquela noite, propriamente dito...

Fui deixado pelo táxi no terminal de ônibus para minha QUERIDA cidade, a terra das oportunidades, Gravataí. Enquanto o ônibus não saía, eu fiquei observando os ratos e outras criaturas noturnas da capital, além de todas as almas perdidas, desabrigadas, desamparadas, et cetera...

Voltei pra casa e dormi. E foi isso... [esse final fixou MUITO ruim, acho, mas não tenho nada melhor em mente... Então era isso!!]
[IS THIS THE END.]

9 de ago. de 2007

Noites "Porto-alegrinas", conto 1... Ou "eu vou ver/ouvir Walverdes hoje, nem que seja a tapa"!! [parte 1]

Nessa narrativa eu vou tentar [TENTAR!!!] descrever um dos últimos shows que presenciei [e toda a "indiada" para tal...]. Walverdes, Space Rave e uma outra banda da qual não lembro o nome [mas que tocava covers muito bons!! Desculpem minha total falta de compromisso com os fatos...]!!

Então, NÃO encha meu saco se achar errado o desenvolvimento da história. Eu odeio o "esquema" tradicional de narrativas [apresentar personagens e contexto, desenvolvimento, situação de "conflito", resolução do conflito e final...], simplesmente por que eu prefiro usar um outro esquema nas minhas narrativas: escrever o que eu lembro e o que acho interessante/engraçado!!! SÓ.

No princípio [reinava o Caos!!! Hahahahaha, brincadeira...], o que me moveu foi uma "baita" vontade de ver a Walverdes, depois de se passar mais de um [eu disse UM!!] ano desde a 1ª [e única] vez que assisti um show deles... Somados a isso haviam a "curiosidade musical" que eu tinha sobre a Space Rave, e a NECESSIDADE de ir a uma festa, coisa que eu ando fazendo muito pouco [minha mãe discorda veementemente!] para o meu gosto, ultimamente.

Vou tentar resumir as "preliminares" [duplo sentido. Maldito, não me "larga de mão"... As únicas preliminares que tenho visto são as de jogos de futebol -- futebol que eu nem curto muito --, mas isso é outro papo.] da noitada, já que os fatos "pitorescos", na minha opinião, aconteceram mesmo a partir do momento em que desci do ônibus, perto do Dr. Jekyll. O bar...

Tempos depois [semanas!!], retomando o texto [preguiça é algo trágico]...

Escrever MUITO tempo depois dos fatos, baseado só em LEMBRANÇAS [vocês não acham que eu saio de casa com um bloquinho pra anotar detalhes de festas, né??!] é difícil. Mas vou tentar levantar as coisas mais engraçadas/curiosas/importantes daquela noite!

Eu iria pra essa festa com duas amigas, a Tassi e a Camila [mas ahhhhh, hein??! Bem acompanhado por demais! Duas gurias que são "gente fina, sincera e elegante"!]. Quem visse tal acontecimento até poderia pensar que eu tenho "a manha" pra tratar gurias mas, INFELIZMENTE, eu não tenho esse "dom".

Mas como sorte de pobre [e preto... E canhoto... E gravataiense...] dura POUCO, elas acabaram não indo. Hahahahahahaaha! Apesar das baixas, não desanimei. Parti para Porto [não sei por quê, mas dizem que é Alegre]. Fui pego de surpresa por esses acontecimentos caóticos, mas perseverei. Nada que uma "matada de meia aula", umas mentirinhas [pra minha mãe!], alguma falta de juízo e um pouco de cara-de-pau não dessem conta! Haha.

Apesar de conhecer o Jekyll, mal sabia como chegar até lá, já que não conhecia/lembrava o nome da rua onde deveria descer do ônibus!! Depois de pedir umas informações para os colegas porto-alegrenses, embarquei no ônibus que saiu às 21:30 da Unisinos para a Capital.

Depois de chegar [sem problemas] na Cidade Baixa, fui dar uma caminhada pelas ruas próximas ao bar. Andei um pouco, achei um boteco com vinho barato e levei, por 3 pilas e 50 [eu acho], um litrinho de vinho para me alegrar, antes dos shows. Detalhe: Eu cheguei às imediações do Jekyll antes das 22h30min. O bar abriria pouco antes da meia-noite. Até lá eu não tinha muito o que fazer, era beber o vinho e pensar qualquer bobagem...

Enquanto eu estava "admirando" o Largo da Epatur, ou Largo Zumbi dos Palmares, ou seja lá como chamam AQUILO [eu não sei a definição de largo, mas pra mim AQUILO parece simplesmente um terreno baldio asfaltado em meio à cidade, um estacionamento...] -- pensando que a noite seria boa, mas solitária -- um flanelinha veio falar comigo. Me pediu um gole do vinho e tal, por causa do frio... Obviamente eu dei um pouco da bebida [ele tinha uma garrafinha pequena, onde colocou uns goles] pra ele.

É aí que começa o fato mais curioso da noite [e interessante, falando sobre o aspecto da minha "CURIOSIDADE ANTROPOLÓGICA"!!]. Eu, que fui até Porto para ver um show de bandas independentes, com o CHATO público indie [em geral], fiquei conversando com o tiozinho que guarda carros, antes de entrar no bar.

A gente conversou sobre VÁRIAS coisas [lembro que começamos falando da Copa do Mundo no Brasil, e de como esse projeto é um barco furado] mas, só pra variar um pouquinho [hehehe], eu não lembro de tudo!!

Mas de alguns temas eu lembro...
"Vida noturna [ou boêmia];
vida em família, estudos;
vida "bandida", mulheres".

Eu realmente queria me lembrar dos detalhes da conversa, porém não consigo... Mas o fato que me deixou impressionado é de como as coisas são imprevisíveis [tipo, ficar conversando sobre a vida em geral com um flanelinha, antes de entrar no Jekyll, era algo que eu realmente não imaginava!]. E de que sim, eu ainda consigo mergulhar no VERDADEIRO underground da cidade!! Pois aquele tiozinho, com toda a sua "malemolência" pra levar a vida, é MUITO [mas MUITO!] mais "under" do que qualquer gurizinho de classe média-alta, que se acha "O intelectual" por que gosta de bandas obscuras e tal...

Tudo isso e eu ainda nem contei como foi o show, propriamente dito... Mas vamos ao que "interessa [?]", então!

Entrei no bar pouco antes da meia noite. Antes, porém, combinei com meu [novo?!] "amigo" sobre tomar uma caipira com ele depois que eu saísse do show. e pegar um táxi até o terminal dos ônibus com algum taxista conhecido dele [ali das redondezas do Jekyll], que faria mais barato a corrida.

Acho que não é preciso dizer que eu tive que "lutar contra o tempo", pra tomar quase 1 litro de vinho antes de entrar no bar... Provavelmente essa seja uma das coisas mais doidas do mundo. Num momento o cara mal tem trago suficiente pra molhar a língua... Em outro tem que beber até pelo nariz!!

Entrei TORTO, muito torto. Hahahaahaha... Mas me comportei bem, fiquei quietinho no meu canto, observando as 2 [menos quem sabe, não lembro] que tinham entrado antes da meia-noite [o costume dos porto-alegrenses de pagar entradas mais caras nunca vai ser compreendido por mim!].

Obviamente, parecia estranho às pessoas um cara sozinho, com uma mochila [semi destruída], levemente embriagado [vulgo BÊBADO!] e com uma cara de poucos amigos sentado na primeira mesa à frente do palco [se é que da pra chamar de palco, hehe] do Jekyll. Ótimo, FODA-SE. [Se vocês não sabem: Meu esporte preferido é amedrontar, assustar e/ou deixar pessoas nervosas. É divertido pra caral... Heheheheehehe.]

Claro que, depois de tanto vinho ingerido, passei a ser um freqüentador assíduo do banheiro. Afinal de contas, "desaguar" é preciso!
[CONTINUA!!!]