Essas coisas, logo aí embaixo... Palavras ditadas por um Ghost Writer.

24 de jun. de 2009

Gilmar and Jesus

Segundo a Bíblia, disse o filho de Deus que seu pai “escreve certo por linhas tortas”. Esse filho, sabemos (pressuponho isso), é Jesus Cristo e a firmação se refere ao fato de que Deus sempre conduz o destino de forma sábia (pelo menos para aqueles que nele acreditam), apesar de isso parecer nebuloso, por vezes.

Pois na última semana esta máxima se provou verdadeira (verdadeira?). Gilmar Mendes, ministro – e presidente – do Supremo Tribunal Federal, foi o relator do processo que extinguiu a obrigatoriedade do diploma em Jornalismo para o exercício da profissão. Ele mesmo, que soltou duas vezes o banqueiro Daniel Dantas em menos de 24 horas e que ouviu um sonoro “saia às ruas!” do também ministro do Supremo Joaquim Barbosa.

Mas o que dizer sobre o fim dessa obrigatoriedade? Excecrá-lo (esse final) "simplesmente” por que o presidente do STF não tem nenhuma credibilidade perante o povo e comparou uma atividade que pode mudar a opinião pública à culinária – meu respeito e admiração a quem sabe fazer um bom prato? Ora, são argumentos menores.

O que de fato acontece é que, apesar do julgamento ter um pressuposto errôneo, a tal “Justiça” foi feita. Ou você é capaz de subestimar qualquer pessoa simplesmente por ela não ter estudado as Teorias da Comunicação? O Jornalismo pede, basicamente, domínio das linguagens de comunicação e postura ética. Agora, pense: isto não deveria ser ensinado às crianças desde suas primeiras lições na escola?

O que faz necessário o curso superior em Jornalismo, no Brasil, é a precariedade dos ensinos Fundamental e Médio. O aluno mal sabe usar vírgulas em uma frase, ao sair da escola. Eu (!!) sou um exemplo disso. A faculdade me ensinou a usar vírgulas – e algumas palavras bonitas, mas essas são desnecessárias. Basicamente. Ética eu não aprendi nas salas de aula, não mesmo. No máximo, tento praticar a amoralidade.

Na era digital, onde todos estão ligados a tudo (só depende do quanto você tem para investir em tecnologia) qualquer pessoa com um mínimo de discernimento e erudição pode desempenhar o papel de “jornalista”, tirando fotos com seu celular, postando em seu blog, etc.

Claro que a maioria da população não tem base teórica para isso, mas não devermos esquecer das exceções, os casos de “notório saber comunicacional”, por assim dizer.
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Obs.: Texto produzido pra aula de Redação III, em meia hora, acho. (Claro, essa é a versão "extendida", já que na aula fazemos redações dissertativas com SOMENTE 1500 caracteres. Não dá nem tempo de tossir com 1500 caracteres!)
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22 de jun. de 2009

Diplomados deflorados

Eder Zucolotto

Estudante do 6º Semestre de Jornalismo


Na última quinta-feira os ministros do Supremo Tribunal Federal me tiraram o diploma de jornalista que ainda nem ganhei. Agora eu, um ateu convicto, sei como Deus, se é que ele existe, deve se sentir. Ninguém acredita mais na formação de jornalista. Um exemplo disso foi que assim que falei a meu pai do causo – pois ainda me nego a crer que é verdade o ocorrido - ele demorou alguns milissegundos pra perguntar se eu conseguia trocar de curso ainda pro próximo semestre.

Não o culpo pela preocupação com o meu futuro. Seis semestres de curso. è metade do camiho pra ir ou pra voltar. Estou no final do primeiro tempo de jogo e mudaram as regras do campeonato. E se os juizes são do supremo então a decisão é suprema. A cagada também é suprema.

Não sei ainda o que fazer. Sigo em frente no curso e o termino ou pego um atalho, tranco a faculdade e já saio no mercado de trabalho do jornalismo agora? Talvez quanto antes melhor, assim eu não passo pelas cadeiras que discutem a ética da profissão e todas aquelas teorias e práticas que no final das contas vão ser uma desvantagem competitiva. Afinal, debates sobre ética e consciência sobre a produção e o impacto das matérias vão me distrair com questões menores. Pior ainda: questões que podem reduzir o lucro.

Em meio aos meus questionamentos pessoais também tenho tempo pra ficar imaginando os pobres incautos que acabam de se formar e estão com um diploma na mão que não tem mais validade do ponto de vista de registro profissional. Caro colega – se é que ainda formamos uma classe - ainda não é hora de se desesperar. A esperança ainda não foi revogada pelo supremo. A vida é imprevisível (tão imprevisível como o funcionamento da cabeça de um juiz) e ainda podemos reaver a validade do diploma. Esse papel que, pelo menos no momento, só tem valor sentimental.

Enquanto esse dia não chega, tenho algumas dicas do que pode ser feito com o seu querido e inútil diploma de jornalismo. Pra você que, com todo orgulho, pendurou o seu diploma de jornalismo emoldurado num lindo quadro na parede da sala de estar, ainda há como tirar proveito dele. Pelo menos da moldura. Retire o seu diploma e o coloque naquela caixa de documentos esquecidos - como aquela conta de luz de 2003 que você ainda guarda, apesar de não se lembrar mais o porquê. Depois coloque uma foto na moldura e recoloque na parede. Pode ser aquela foto da sua mãe que a sua namorada pediu pra tirar da cabeceira da cama, pois não conseguia transar com a sogra a olhando (com aquele olhar maternal, ainda por cima). Sua mãe ficará muito feliz quando for lhe visitar e ver a posição de destaque que recebeu, ao invés daquele papel feio e sem sentido. Colocar a foto da sua progenitora no lugar do diploma é um grande acerto, afinal ha um risco muito pequeno que num futuro próximo os ministros do supremo declarem que a condição de mãe perdeu a validade no mundo contemporâneo.

Outra dica válida é aproveitar a lembrança das trocentas cadeiras de jornalismo que você cursou e fazer um lindo origami, com trocentas dobraduras. Sua sobrinha vai adorar o presente. Se você não tiver sobrinha, pode mandar o mimo pra Associação Brasileira dos Donos de Emissoras de Tv e Rádio. São pessoas que sabem apreciar um bom trabalho manual, principalmente se for feito por um amador (o que segundo a Associação dá mais mérito ao êxito). Apenas omita a informação que o artefato é produzido com um diploma do curso de jornalismo, pois eles têm verdadeira ojeriza a tal aberração acadêmica.

Dentre as opções há uma ótima forma de fazer um protesto velado: quando sair para a próxima pauta, leve o diploma e use o verso como bloco de anotações para sua matéria. Isso provará que o dito cujo, ou maldito cujo diploma de jornalismo, ainda tem utilidade jornalística.

E se você não tiver problemas com o politicamente coreto - mas que diabos, agora somos livres de qualquer responsabilidade com o público - pode, devidamente munido de um fumo em corda picado (ou algo similar), fumar seu diploma. Assim a comprovação de sua formação acadêmica se tornara tão etérea quanto a fumaça.

Uma última, drástica e anti-ecologica opção é usar o diploma para sua higienização após o uso do vaso sanitário. Uma alternativa, entretanto, não recomendada. Não pela afronta a formação acadêmica (se um Ministro do Supremo não nos ofende, não será eu, um Ministro do Inferior Tribunal de Mim Mesmo a ofendê-los), mas devido a gramatura do papel ser um tanto elevada para uma função tão delicada, e que pode agredir suas partes íntimas. E é bom não agredir essa região da sua anatomia, pois, mesmo que você não use a sua área anal de forma recreativa, fique sabendo que tem gente tentando usá-la ha muito tempo. Queriam muito nos ferrar. E finalmente conseguiram.
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Minuto de Sabedoria Cepacol

Você sabia que o sulfixo "ismo" é geralmente usado em tom jocoso, ou depreciativo?

(((Então já que vão acabar com a formação de jornalismo podemos criar o curso de juizismo.)))
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Eder Z
Cabra macho.
Ainda não diplomado,
mas já deflorado...
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16 de jun. de 2009

Roubo de audiência

Hoje vou ser breve. Vim até vocês pedir encarrecidamente que visitem o meu blog.

Fiquei um ano sem postar nada. Hoje coloquei dois novos contos. Minha meta é colocar pelo menos um por semana.

Leiam.
http://ederfz.wordpress.com/

Se gostarem voltem.
Muito obrigado pela atenção.

Eder Z

Blogueadeiro

11 de jun. de 2009

Foi, então?!

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10 de jun. de 2009

Tópicos Comunicacionais

Tipo, como não vai dar tempo [preguiiiça+estágionovo+trabalhosacadêmicos - assim mesmo, tudo junto] pra eu falar sobre esses fatos detalhadamente, apesar de achá-los interessantes, vou só citá-los aqui superficialmente. Procurem se aprofundar por aí.

  • Vocês viram o arranca-rabo entre RBS e o Correio do Povo/Record?! Ahhh, se as empresas de comunicação lavassem mais a roupa suja desse jeito, as coisas seriam BEM mais legais, hahaha. Informação via Twitter. E eu disse que essa porcaria não serviria pra nada - sou ótimo nesse negócio de errar, hahahaha;
  • Vocês viram [2] o "blog da Petrobras"?! Sinceramente, achei uma baita sacada da Comunicação da empresa, apesar do blog ser administrado por uma empresa de comunicação externa, quando a "Petro" tem mais de mil jornalistas... Mas o fato é que, dessa forma, a informação fica disponibilizada NUA E CRUA pra todo mundo na internet - tá, é informação "oficial", mas se o jornalista quer apurar extraoficialmente não adianta mandar email pra assessoria de imprensa da empresa, né?! Tem gente dizendo que isso é intimidação, atenta à liberdade de imprensa e blablabla. Pra mim só mostra uma coisa: o jornalismo, na era digital, NÃO EXISTE - pelo menos não da forma como sempre existiu;
  • E olha só o pessoal querendo discutir e se conhecer, hahaha! Encontro de estudantes de Comunicação... Antes que alguém pergunte: Eu NÃO quero [mais] mudar o mundo, vou lá basicamente [tentar] praticar a retórica. E tentar [eu disse TENTAR!!] ser jovem, feliz, blablabla. Quem sabe eu esboce um sorrisinho, hahaha!

Alguém aí tem horas sobrando no seu dia pra me emprestar?!
Fui.
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4 de jun. de 2009

Deixe o Thiago POSSESSO...

... Edite, corte, recorte, ou QUALQUER outra coisa que atente contra a integridade de algum TEXTO dele! Por que a integridade dele [próprio] é "o de menos", tanto que ele não liga para xingamentos e o escambau. Mas os textos são como filhinhos, malditos causadores de UMA DOR DO CARALHO durante seus nascimentos, mas que dão uma alegria danada - para o Thiago - quando mostram a cara pro mundo.

Um professor fez isso essa semana SEM aviso prévio. E isso NÃO é bom! Mais detalhes quando tiver tempo para escrever sobre.

[Bufando em frente ao computador.]
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3 de jun. de 2009

Lá vamos nós outra vez...

... em queda livre.

Nessa quarta, novamente, estarei cuspindo nos microfones da Unisinos FM a partir das 20 horas, no Programa do Aluno. Vou falar sobre a briga judicial de Ozzy Vs. Tommy Iommi [Deeeus dos Riffs!], o disco novo e quase-calmo-com-música-do-Jobim do Iggy Pop [Rawwww Poooooower!!] além, ATÉ, do Bítous, que admitiram essa semana que nunca passaram de bonequinhos de videogame.

Informações sobre como ouvir a Unisinos FM no rádio ou na internet NESTE post.

[E dessa vez eu prometo que não estarei bufando de raiva atrás do microfone...]
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