*Sobre
países com e sem imprensa “livre”
É
fato que a imprensa é um dos pilares fundamentais no sistema
democrático, uma vez que pode levar luz a temas (até então)
obscuros da opinião pública – temos, como exemplo, hoje, a falta
de controle sobre os funcionários da Assembleia Legislativa gaúcha
revelada em reportagens recentes.
Óbvio,
também, que em países onde não há imprensa livre os meios de
comunicação provavelmente nunca darão voz àqueles que denunciam
crimes e desmandos dos grupos que detém o poder institucional. A
imprensa, então, atua como uma grande “assessoria de comunicação”
do poder estabelecido, sem contraponto em igual medida e potência.
Mas
saindo do senso comum e buscando a reflexão, pensemos: e quando a
imprensa “livre” não encontra medidas? Na lógica –
capitalista - na qual vivemos, como saber se uma empresa de
comunicação não coloca seus interesses (mercadológicos) acima do
fator notícia? Por que a imprensa – é só ver a brasileira –
não fala de si, agindo como um observador isolado e imparcial? É
possível comunicar de forma asséptica, sem fazer escolhas,
abdicando do contexto histórico e cultural?
A
imprensa “livre” é fundamental, mas talvez necessite refletir
mais sobre o papel que desempenha nos dias atuais.
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[Ainda em agosto fui chamado novamente a fazer uma entrevistinha pr'uma vaga numa tradicional empresa de comunicação fundada por descendentes judaicos na Capital da Província. Pela primeira vez pediram um texto dissertativo - não é a primeira ou segunda seleção da qual participo. Mandei essa reflexãozinha singela aí de cima. Tempos que não dissertava, tinha até esquecido como é massa.]
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Um comentário:
Quer conseguir o trampo mandando um texto dedo-na-ferida pros Jacobksi? Cê tá pirado no ácido?
Whatever. Sempre questionei a forma impassível como William e Fátima Boner noticiavam as coisas mais absurdas, escatológicas e politijocosas do nosso Brasil.
Não conseguia conceber como um veículo de informação se contentava apenas em 'atirar' a informação pra galera. Sentia falta daquilo que o CQC fez um tempo (sim sim, o exemplo é babaca, mas é uma forma lúdica de ilustrar meu ponto): não apenas noticiar decisões e movimentos políticos, mas QUESTIONAR. Perguntar por quê, pra quem e onde. Sabe?
Sinto falta de um jornalismo um tiquinho mais agressivo, nos casos onde agressividade pode quebrar a barreira de bundamolice que tem gente erguendo por aí.
Enfim, só um gordo escrevendo gordice. Provavelmente eu subverti todo o contexto da sua dissertação. Se esse é o caso, favor considerar apenas o primeiro e o último parágrafo. Aliás, excelente escrita, Sr. Thiago, nem parece criado em escola pública.
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