Essas coisas, logo aí embaixo... Palavras ditadas por um Ghost Writer.

24 de out. de 2007

Bom, sabe "comequié"...

Aí vai um conto escrito na aula de "Redação para rádio", naquela "Grande Instituição de Ensino do Vale dos Sinos" que freqüento de quatro à cinco vezes por semana. Como a "base" para o dito conto era[m] uma[s] pessoa[s] da sala de aula, tive de "entortar" a história, pra manter seu cunho subliminar!! Detalhe: Ao postar, reli e dei uma levíssima recauchutada em algumas partes... Tenho em mente terminar a "versão original" e depois comparar com esta aí, que eu acho que está "bemboa".

Ele foi gerado a partir de uma idéia para um texto pessoal, aqui pro blog, mesmo. Como eu tinha que fazer um conto para a aula, e tinha este "esboço", utilizei-o em benefício do meu período de "ócio criativo" em sala de aula!! Rá! Aí está ele, colocado sem depuração dos "termos técnicos". OU SEJA... Ele está aí no mesmo formato como vai para uma lauda de rádio. Notem as peculiaridades...

Nem tudo aí escrito é MENTIRA!! Hahahahahahaha...

Conto inacabado – faltas e sobras e faltas./ !E sobras!/

Em mim falta, e sempre faltou, cara-de-pau./ Nela, sobra um namorado./ Ela é mais velha, vinte e um anos de vida nesse mundo de deus, se não me engano./ Mora com os pais numa belíssima casa que eu nunca vi, numa cidade que eu freqüento diariamente./ !É sempre assim, mas não é por um gosto sórdido, não pense mal de mim! Notou a rima?!/ Não, não foi intencional./

Elas sempre têm namorados sobrando./ !Ou namoradas, vá saber!/ Arrisco dizer que uma delas, certa vez, tinha até noivo, marido, ou algum outro tipo de parceiro estável e acomodado./ E eu sempre tenho qualquer tipo de estima faltando./ ?!Por que eu, justo um desajustado como eu, vou agradar alguém?!/ Não é lógico, não é racional, é totalmente improvável./ E eu creio muito pouco em coisa improváveis./

Sempre são mais velhas./ É uma sina, não é uma escolha./ Eu sempre me pergunto “?!e por que não as gurias da minha idade?!”./ Mas eu não sei./ Só sei que eu sigo a onda, e ela vem assim./ Na verdade eu nem sei se isso realmente importa alguma coisa./ Jovens ou experientes, sempre existe algo pra atrapalhar./ Provavelmente essa história de diferença de idade seja uma desculpa esfarrapada gerada pelo meu inconsciente./ ?! Mas será inconsciente mesmo?!/

Me falta um psicanalista./ Mas me sobram papel, caneta, teclado, mouse, monitor./ E editor de texto.../ Aquela coisa vulgarmente conhecida como Word!/ Tudo bem, WORD é marca e não um substantivo simples, mas por acaso alguém chama o achocolatado de achocolatado ao invés de NESCAU?!/ Ela tem amigas./ Com certeza não desconfiam de nada./ !Pelo menos é o que eu acho!/ Eu realmente não entendo. Essas meninas, que eu considero legais, com namorados amedrontando a minha imaginação – !Vai saber se algum deles, num dia qualquer, descobre meus pensamentos! – são a praga do meu mundo, tão doido e avoado./

É certo./ Se rola uma conversa legal com alguma guria, pode saber.../ No outro dia ela me fala despretensiosamente sobre o namorado, e blá blá blá./

Com ela também foi assim./ A gente começou a conversar, despretensiosamente, falando algumas coisas idiotas./ Algo normal entre pessoas que não tem qualquer vínculo mas que começam, num dia qualquer, a conviver numa mesma parte do espaço-tempo./

Parece uma regra./ ?!Ela é legal?!/ ?!Fala algo interessante?!/ Pois contente-se em saber isso, ela não é pro seu bico!/ Se a juventude veio pra me provar algo, com certeza foi isso./

Ah, é, não expliquei onde nos conhecemos./ Pois bem.../ Não trabalhamos juntos, mas perto./ Uma distância suficiente para eu vê-la quase todos os dias, durante o expediente todo./ Como eu já contei, a gente começou a conversar por pura casualidade./ Só que, aos poucos, eu via que combinávamos em muitas coisas./ !Muito, muito mais importante do que isso!/ Depois de uma fase de envolvimento superficial, baseado simplesmente no trabalho, tínhamos um diálogo livre e direto, sem amarras ou farsas./ Nossos contatos fluíam de forma natural, assustadoramente simples, algo que eu sempre prezei nos contatos com pessoas em geral mas, principalmente com meninas./

Hoje eu estava muito irritado./ !Comigo!/ Pensei em chegar e gritar tudo que atormenta minha cabeça todos os dias./ Tipo o IGGY POP cantando, um esporro./ Raiva, amor e medo em relação à vida./ Tudo junto, na voz berrada, nos trejeitos malucos./ Na urgência PUNK de fazer algo e não se importar com os efeitos./ Como vomitar as tripas depois de um porre gigante, pra se sentir um pouco melhor./ !Mas só um pouco!/

E eu cheguei, abri a porta, disse oi pra ela./ Começou mais um dia, mas hoje algo mudou./ Eu “tô a fim” de ver o mundo explodir, e nem ligo pras conseqüências. Tô a fim de jogar tudo por cima do lugar onde ela se posta./ Tipo quando a pessoa joga fora, !raivosamente!, alguma coisa que lhe traz sentimentos controversos e difíceis./ Vamos ver no que dá...//

Tenho tido consistentes lampejos de idéias... Agradeçam aos contos do Rubem Fonseca!!

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