Essas coisas, logo aí embaixo... Palavras ditadas por um Ghost Writer.

31 de out. de 2008

A Musa e o despretensioso Perseguidor [parte 2 de 3]

... Mas sim, nós três não estávamos sozinhos naquela rua. Haviam as pessoas esperando seus ônibus, os intermunicipais que levam à capital da província, todos os dias, milhares, milhões de provincianos. Naquela rua, exatamente, ficam à espera de ônibus [quem sabe à espera de milagres também, vá saber...] as pessoas que vão para Guaíba. A cidade quem tem o nome do rio. Que não [NÃO!!] é rio! Mas tudo bem, no fundo isso não importa muito pra ninguém, de qualquer forma.

E Ela andava pela calçada, entre os “guaibenses” [nem sei se esse é o adjetivo correto para os moradores de Guaíba, mas me fiz entender, creio. E claro, nem todos que esperavam a condução por ali deviam ser de Guaíba, mas a grande maioria deve ser, como a grande maioria das pessoas que esperam os ônibus de Gravataí – e esses eu conheço bem! – são gravataienses!] e os ônibus estacionados. Ahhh, claro, tinham também os vendedores. De balas, refrigerante, rapadura, amendoim, salgadinhos diversos, quinquilharias baratas. Todos na busca do sustento, diariamente.

“Vai uma aguinha aí, tio?”.

Eu também estava andando naquela calçada. Com meus All Stars surrados [sujos e furados], desviava de qualquer resquício de substância liquida vista [vistosa? Viscosa?! Visconde de Sabugosa! Rimas...] no chão. Em lugares como esse, essas marcas são sempre de origem duvidosa. Na verdade, muitas vezes, o aroma vindo dessas “marcas” atesta sua procedência. É só prestar atenção. Abrir o nariz para os odores da cidade. Não me dou tal luxo, sinusite, asma, bronquite e rinite me impedem.

Bom senso também.

Controlo meu passo. Não tentando alcançá-la [pelo menos não conscientemente!], nem por nada muito óbvio. Simplesmente porque caminho de forma atrapalhada, principalmente em meio a pessoas [se noto alguém ME OLHANDO o problema piora!!]. Sou um grande desajeitado, na realidade. Por isso, policio minha caminhada, tentando corrigir meus passos desajustados. Tento me distrair, pensar em outra coisa que me faça esquecer do meu andar desajeitado.

E aí volto a prestar atenção. Nela.
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OBS.: Tem gente lendo isso aqui? A história tá legal, interessante, qualquer coisa?! Aceito opiniões [apesar de ser totalitário o suficiente pra não dar o braço a torcer, hahaha!], é pra isso que posto nessa bagaça!
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3 comentários:

Lisiane de Assis disse...

Muito bom! Fiquei esperando o desfecho com a menina de longos cabelos lisos, mas tu escreve de uma forma tão legal que compensou o não-desfecho!

Gostei das rimas, hehe!

Percebeu que agora estou atualizando com mais freqüência o blog? Tô com mais tempo livre (hehe).

Saudações!

Bibi Barbarat disse...

legal thi! mas coloca logo o final da história!

p.s = eu tenho idéias, mas só dariam novelas mexicanas por isso não escrevo em blog mais. oBS novelas mexicanas inspiradas em fatos reais haha

Unknown disse...

as minhas histórias [e estórias] também são dramalhões mexicanos, e eu as publico apesar diss, hahaha! só que elas são embaladas por ora psychobilly, ora rock psicodélico, ora post rock, ora stoner...