Essas coisas, logo aí embaixo... Palavras ditadas por um Ghost Writer.

14 de jul. de 2009

O Rock


Ele não me deu nada. Ou melhor, fez com que eu me tornasse o que sou hoje. (Tommy Iommi & Rubem Fonseca.) Provavelmente mais de 90% dos rumos da minha vida nos últimos SETE (6 e meio, vá lá...) anos tem ele como "variável preponderante". Me tornei um questionador inveterado depois de conhecê-lo. Entendo de AUTORREFERENCIALIDADE INTRAMIDIÁTICA CORPORATIVA e NÂO entendo de garotas. Ele está ao meu lado em ambos os momentos.

Pois este é o rock. Que me faz sentir mal a cada vez que começo a me acomodar num modelinho de vida-fácil-classe-média-universitária, com chimarrão no fim de semana e gola pólo; meninas-almofadas legais e meio insossas. Que não se encaixa no Brazilian-ghetto-way-of-life que a Regina Casé insiste, semanalmente, que eu devo seguir (por ser da periferia).

Eu podia ser um ignorante feliz, mas não. Ele entrou na minha casa e roubou minha atenção, capturou minha mente. KURT Cobain, distorção grito & Pennyroyal Tea. Foda-se o mundo, eu vou ser diferente, vou trasngredir. As regras, os acordos, a hipocrisia. NÃÃÃÃÃOO!

Viveria bem tendo feito o curso do Senai de Mecânica, Segundo Grau, no máximo alguma facul de alguma coisa também mecânica (ambos, objeto de estudo e aprendizagem, mecânicos), sonhar com carro tunado, garotas dançando um funkezinho safado, ficar parado com cara de macho-ALFA-bobão num posto de gasolina qualquer. Ora, o prazer das pequenas coisas. Ora, a ignorância É UMA BENÇÂO!

Ele não permitiu, ELE fez com que eu questionasse e o life-style simples que me chutou a bunda durante toda a vida colegial até então (e quem disser que a escola NÂO é o ambiente mais hostil do mundo não tem um pingo de neurônios no mar salgado que é o cérebro...). Eu aprendi o quanto é engraçado não ser engraçado, assustar pessoas e contrariar as pessoas. Um outro mundo é possível, não?!

Não. Esse é o mundo, e com ele você vive como pode.


Mas nesse mundo eu criei outro. Com letras do A-B-C & dissonâncias & melodias & harmonias & barulhos. E nesse espaço-tempo que eu levo comigo pra passear poraí, eu crio um Frankestein há anos; ele ainda não ganhou vida pra levantar e apavorar o mundo, mas eu creio que, um dia, eu ache a fórm(ul)a pra que o meu animalzinho avance sobre as multidões bovinas, ruminando distorções.

E além de tudo isso, agora, ele me ensinou a ser dissimulado e velho como EU sou dissimulado & velho & cético & meio-cínico & descrente (com quadris largos de PSEUDO-cevada acumulada que eu tanto me regozijo). É isso aí, Josh e Lanegan.

O dia sacramentado do Diabo Rock foi ontem. Hoje, eu - preguiçoso e atrasado MÓR - falo dele, porque ele não me deixa livre NENHUM DIA desde o distante ano da Graça de Deus de 2002, do Ronald(inh)o com cabelo do Cascão & fim de Primeiro Grau.

Rindo, me debulhando ou caindo (de tragos & prantos) o rock não larga do meu pé NENHUM dia. Meus dias em oferenda à ele.

GOD gave Rock n' Roll to you, ass hole bastard.

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Obs.: Foto 1 = Macaco Bong, afudê pra caralho na quinta passada.
Obs 2.: Foto 2 = Shows da Damn Laser e copos de vidro cheios de ceva NÃO combinam.

Obs 3.: Culpa pelas fotos =
Void (menos na que eu apareço com a MINHA guitarra).
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2 comentários:

Lisiane de Assis disse...

É, certamente eu sou quem sou por causa dele, também.

Mas, uma pessoa tão "transgressora", como você, não deveria transgredir, também, esse negócio que inventaram de se comemorar o dia do rock?

Unknown disse...

por isso eu só falei disso hoje. (e eu nem sou tããão transgressor assim, sou chato, mesmo)
e eu só aproveitei a data como desculpa esfarrapada, não como "comemoração", hehehe...